segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AS BOTIJAS DE DIOCESA





Diocesa era filha de um grande fazendeiro do Estado do Piauí, que em decorrência da seca que abrangia o Estado, que acabara matando sua criação de fome; onde os mesmos saíram sertão afora amontados em dois burros, e mais dois carregando dois negros que traziam mantimentos e todas suas riquezas, duas malas de ouro.
Chegam ao sertão de Quixeramobim onde se arrancham na beira do riacho do “Cachimbo”, distrito de Passagem. Em meio a isso acabaram os mantimentos e um dos negros veio ao mercado a mandato do patrão comprar carne para que pudessem continuar a viagem. Nesse meio tempo o velho fazendeiro manda que o outro negro cave uma cova, pegando uma das malas e enterrando-a no buraco , com a mala dentro da cova, o velho mata o negro com um tiro e o enterra junto à mala com o ouro.
Quando o outro negro chega seguem viagem pelo sertão quixeramobinense, por uma vereda que sairia no “Barra Vermelho”, também distrito de Passagem, marcando parada alí mesmo, manda que o outro negro cave mais uma cova, enterrando assim a outra parte do ouro, porém esse negro foi solto pelo sertão.
O velho e Diocesa pegaram caminho para a cidade afim de pegarem o trem para viajarem à capital Fortaleza com o propósito de registrar às terras encontradas querendo situar alí, sua nova fazenda. Chegando a capital , o velho morre, deixando a filha Diocesa, que depois de alguns anos morre, e segundo relatos, a alma de Diocesa vaga pedindo para que desenterrem o ouro de seu pai.
Acredita-se que ainda encontram-se enterradas no mesmo local, sendo que uma delas pode estar submerso no açude  riacho do “Cachimbo” e a outra no mesmo lugar na beira de uma vereda. Muitos sertanejos dizem ter sonhado com a tal mulher lhes dando as botijas, até mesmo o senhor que nos relatou essa história.
Aluno entrevistador: Salviano Paulino de Morais 3ºE
Entrevistado: Sr Otacílio Barros.
Ilustrações: Rafael Costa e Silva -3º E

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