Há muito
tempo, quando a cidade de Senador Pompeu era apenas uma pequena vila,
conta-se que uma moça muito bonita trabalhava com seu pai, homem
muito rico que possuía uma fazenda bem farta; o homem temia apenas
as cabras dos vizinhos, que todo dia passavam pela cerca e destruíam
as suas plantações. Chamava-se Antônio e um dia teve a idéia de
colocar Fransquinha, sua filha, para pastorar as cabras para que
estas não pudessem invadir a fazenda.
Fransquinha,
cansada de tanto pastorar cabras valentes, acabou tendo uma ideia
junto com seu irmão. Os dois furaram os olhos das cabras, assim elas
não enxergariam a cerca e não destruiriam as plantações. Dias
depois, foram encontradas todas as cabras mortas , pois se elas não
conseguiram enxergar a cerca, também não conseguiram encontrar
alimento, assim acabaram morrendo de fome. O dono das cabras, sem
entender tal maldade, fechou a fazenda com muito desgosto.
Anos depois,
Fransquinha casou e teve filhos. Descobriu, porém, que estava com um
sério câncer muito raro, sem cura . Ela sofreu bastante com muitas
feridas se espalhando por seu corpo, seus olhos caíram e o câncer
acabou com sua estrutura facial. Ela acabou, por fim, morrendo, sem
face e berrando.
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