Em uma época em que não se ouvia falar de bancos, quem conseguia juntar algum dinheiro cuidava em escondê-lo de forma que ninguém encontrasse.
No entanto, todo apego pelo dinheiro acabava aprisionando a pessoa de tal modo, que mesmo depois de morto não conseguia descansar. Assim, quando o dono de uma “botija” morria, ele tinha que aparecer em espírito ou em sonho, dizendo o local da botija, para que alguém do mundo dos vivos, encontrasse seu tesouro.
Dona Maria Gustavo, conta que um dia, seu irmão estava muito cabisbaixo, pensativo e todos perguntavam o que era e ele não respondia nada, no terceiro dia, ele saiu de madrugada sem que ninguém o visse. Quando amanheceu todos sentiram sua falta e foram procurá-lo nas matas, próximo à sua casa.
Ao chegar perto de uma árvore tinha um buraco bem grande no formato de um caixão, então ele falou que alguém tinha arrancado um botija daquele buraco.
Como acreditava os antigos, quem encontrava uma botija, não podia permanecer mais na cidade, teria que sair as pressas, assim aconteceu com o irmão de dona Maria, que até hoje ninguém teve mais notícias.
Aluno-pesquisador: Maria Bruna Madeiro da Silva 2º A
Entrevistado: Srª Maria Gustavo da Silva
Ilustrações: Antônio Cristian Wesley da Silva Viana – 3ºD