Na década de 60, quando eu era mais jovem, na Fazenda Sta Helena, todas as noites se ouviam os assobios da caipora. Em casa, todos ficavam assustados, as crianças choravam e as mulheres rezavam. Aprendi com meu avô que a Caipora assobia à procura de fumo, então, em uma dessas noites, eu decidi lhe pregar uma peça.
Preparei tudo do jeitinho que meu avô me ensinou: enrolei o fumo e coloquei no cachimbo, no entanto, misturei com pólvora e quando deu meia noite, hora que geralmente ela assobia, eu me escondi em uma moita perto de uma arvore bem grande, para ver se ela iria cair na ''presepada''.
Quando passou um tempinho, a Caipora chegou, olhou prara os lados, pegou o cachimbo meio desconfiado, colocou na boca e acendeu. Foram segundos bem longos. Chegou a hora mais esperada: o cachimbo explodiu na boca da caipora, que apavorada, saiu correndo, sem olhar pra traz. Depois disso, nunca mais se ouviu falar de seus assobios .
Aluno-pesquisador: Maria Bruna Madeiro da Silva -2ºA
Entrevistado: Sr. Antônio Madeiro da Silva
Ilustrações: Túlio de Castro -3ºB
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